A obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro.
As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade.
O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura ou sódio.
No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei.
O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável.
O guia destaca que a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos processados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso.
Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo.
Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores.
Para contribuir com esse processo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), juntamente com organizações de defesa do consumidor de todo o mundo, está em campanha para pressionar a Organização Mundial da Saúde para a elaboração de um tratado global sobre alimentação saudável. O objetivo é incentivar os países a aprovar leis que efetivamente eliminem a propaganda de alimentos ao público infantil. Para saber mais e apoiar: http://www.idec.org.br
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