Desaparecimento de três meninos no Rio de Janeiro chama atenção para este gravíssimo problema enfrentado por milhares de famílias
O dia 27 de dezembro de 2020 nunca será esquecido pelas famílias de Alexandre da Silva, Lucas Matheus da Silva e Fernando Henrique Soares. As crianças de 10, 8 e 11 anos, respectivamente, saíram para brincar juntas em um campo de futebol que fica ao lado do condomínio onde moram, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e nunca mais foram vistas.
Dados do Conselho Federal de Medicina apontam que, no Brasil, a cada ano são registrados, em média, 50 mil casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes. Além disso, embora a maioria dos desaparecimentos tenha solução nas primeiras 48 horas, cerca de 20% dos meninos e das meninas não são localizados por um longo período de tempo. Para se ter uma ideia, no estado do Rio de Janeiro – onde os meninos sumiram -, o SOS Crianças Desaparecidas – iniciativa ligada à Fundação para a Infância e Adolescência – registrou 148 casos em 2019. Desde que foi criado, em 1996, o SOS contribuiu para que 80,41% dos desaparecidos fossem encontrados. No entanto, 577 permanecem apenas na memória das famílias.
O desaparecimento de Alexandre, Lucas e Fernando chama a atenção para este gravíssimo problema. No ano de 2019 passou a valer a Lei Federal 13.812, que institui a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e cria o Cadastro Nacional de Pessoas
Desaparecidas. “A busca e a localização de pessoas desaparecidas são consideradas prioridade com caráter de urgência pelo poder público e devem ser realizadas preferencialmente por órgãos investigativos especializados, sendo obrigatória a cooperação operacional por meio de cadastro nacional, incluídos órgãos de segurança pública e outras entidades que venham a intervir nesses casos” (cf. Art. 3º).
Diante deste gravíssimo problema que é o desaparecimento de crianças e adolescentes, nós destacamos algumas recomendações aos pais e/ou responsáveis:
- Logo que a criança nascer garanta o Registro de Identidade Civil (RG);
- Oriente as crianças a não conversarem com pessoas que elas não conheçam e a não fornecer nenhum tipo de informação, nem a receber doces e brinquedos;
- Acompanhe sempre os seus filhos no uso da internet;
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